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O desafio das compras


Valdir Furlan, da Cabana da Construção (Assis/SP)

Entre as diversas preocupações que frequentam a cabeça de um empresário do ramo de material para construção em tempos de mudanças brutais no jeito de lidar com o seu negócio, uma que tem tirado o sono com bastante frequência é a operação de compras.

Os lojistas têm convivido, há mais de um ano já, com altas constantes por parte das indústrias, e uma dificuldade grande de repassar esse aumento para os consumidores. “A gente não consegue fazer duas compras com os mesmos preços”, comenta o empresário Valdir Furlan (Cabana da Construção – Assis/SP). Segundo Furlan, se comprar bem já era uma prática fundamental para qualquer empresa, hoje é uma etapa decisiva para a saúde financeira e a sobrevivência do negócio.

A pesquisa realizada nos dois primeiros dias de julho entre os associados do Grupo ConstruSete (C7), apontou que a maioria (68,4%) acredita que os preços devem se estabilizar nesse segundo semestre de 2021, porém, não há garantia e a falta de previsibilidade tem judiado do setor, e do consumidor, claro!

“Imaginávamos que o pior já havia passado em termos de ruptura e que os preços iriam se estabilizar, mas foi uma visão precipitada. Hoje, mesmo sem opção de escolha – temos que comprar o que tem disponível na fábrica – já conseguimos ter algum produto para compra, mas devido às altas constantes e à queda do poder aquisitivo do consumidor.


Custos registram maior alta desde 2013

O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), divulgado no dia 8 de julho/2021 pelo IBGE, subiu 2,46% em junho e ficou 0,68 ponto percentual acima da taxa de maio (1,78%). Esta é a maior alta na série histórica com desoneração da folha de pagamento, iniciada em 2013. Em janeiro, a construção civil já havia sinalizado um recorde na série histórica, com a taxa de 1,99%. O fechamento de 2020 também foi o maior desde 2013, com acumulado de 10,16%.

O custo nacional da construção, por metro quadrado, que em maio fechou em R$ 1.387,73, passou em junho para R$ 1.421,87, sendo R$ 829,19 relativos aos materiais e R$ 592,68 à mão de obra.

(Fonte: IBGE)

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