A pandemia ainda não acabou e temos um longo período a percorrer até a chegada de uma vacina para o novo coronavirus, porém, na avaliação do empresário e diretor do ConstruSete, Marcos Cunha Vasconcelos, do Bazar da Construção (Bauru/SP), o primeiro momento foi assustador. “A loja permaneceu 20 dias fechada. Isso nunca passou pela minha cabeça! É muito tempo, mas somos abençoados por ter sido somente 20 dias. Sabemos que em muitos segmentos a situação foi e ainda é muito pior. Muitos fecharam e demitiram suas equipes”, pondera.
O associado recorda que quando foi autorizado a abrir as portas, apenas para atendimento por delivery, o cliente ia até a loja, mas não podia descer do carro. “Se o cliente chegasse de bicicleta, e tivemos um caso assim, eu não podia atender! O cúmulo do absurdo!”
Aos poucos, com algumas adaptações importantes para manter o distanciamento e evitar o contágio – placas de acrílico nas mesas de atendimento, todos de máscaras, álcool gel por toda a loja e banners explicativos para os clientes – foi possível retomar o atendimento presencial. “Passamos os dois primeiros meses muito preocupados, porque ninguém sabia o que aconteceria. Março e abril foram muito ruins; em maio começou a faltar produto nas indústrias, principalmente de pisos e revestimentos, porém, o mais grave mesmo tem sido a falta de tijolo, porque é o início da obra”.
A partir de junho, as vendas explodiram, uma coisa inexplicável. Assim como todas as lojas associadas ao ConstruSete, o Bazar da Construção só não vendeu mais porque as fábricas não estão dando conta de fabricar a produção demandada pelo mercado.
Mesmo assim, com a precaução de quem tem experiência no mercado, Marcos travou o projeto de ampliação ou de construção de uma nova loja. “Estamos preferindo focar agora na manutenção do nosso estoque”, revela.
Cenário atual é de agradecimento
Pouco mais de cinco meses após o início da pandemia, Marcos diz que o saldo é positivo e que está mais fortalecido em relação à sua fé e em todos os aspectos. “Tudo tem um propósito. Temos que agradecer muito todos os dias, porque nenhum dos nossos funcionários teve Covid e nem suas famílias. Isso realmente é uma benção!”.
Porém, o diretor do ConstruSete conta que perdeu alguns amigos nos últimos meses, entre eles, o Bruno Borer (diretor da Roca e Incepa, na primeira semana de abril/2020). “Isso me entristeceu muito mesmo”, lamenta.
A vida tem que seguir e para ele as expectativas em relação ao mercado permanecem otimistas pelo menos até janeiro de 2021. E com relação ao ConstruSete, Marcos afirma que todos os associados chegarão ao final deste ano mais unidos ainda.
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